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Mãos Cheias de Nada

Retalhos dos meus dias tristes...

Mãos Cheias de Nada

Retalhos dos meus dias tristes...

20.Jan.18

A Triologia de 2017

Vulcano

(Vulcano - ou Hefesto -  era o deus do fogo, do trabalho e da metalurgia. Era feio, coxo e manco. Sendo o deus do fogo, muitos sacrifícios eram feitos em sua honra. Atiravam-se pessoas para o fogo ou, de forma ainda mais insidiosa, para as crateras dos vulcões. Tentava-se assim saciar a fome de sangue de Vulcano.)

 

Depois de Pedrogão Grande o impensável aconteceu e igual tragédia deu-se duas vezes em quatro meses. Mais uma catástrofe a que ninguém conseguiu ficar indiferente e em que a sensação de impotência acometeu cada um de nós.

É evidente e é claro que o país arde e veste-se de laranja e vermelho, vivendo um verdadeiro inferno, para a seguir se carregar um luto com as vidas ceifadas pela tragédia.

E o sentimento é de que o país arde porque, de um lado alguém quer que tal aconteça e do outro, alguém o permite…. A informação que nos chega gira em torno das condições climatéricas, ao ponto de estarmos dispostos a fazer autênticas danças da chuva para que por obra e graça de um ser superior ela comece a cair. A negligência por parte daqueles que detém as terras, o desequilíbrio emocional de pessoas que habitam sozinhas em locais ermos, ou aqueles que simplesmente gostam de fogo, são também apontados como as principais causas desta calamidade continuada de dimensões absurdas. E eu pergunto-me, e a motivação económica onde mora? Porque tende a ser esquecida? Parece-me crer que existe toda uma “indústria dos incêndios” ignorada, escondida, atrás dos mais de 48 milhões de euros que foram lucrados nos últimos 10 anos, por entidades privadas que directa ou indirectamente beneficiam dos mares de chamas que assolam o país.

Existem graves falhas, no sistema, na educação das populações, nas políticas, na lei. E a sociedade acaba por falhar. Falhar com quem perdeu a vida, com quem perdeu familiares, amigos, animais. Com quem viu a casa em chamas, a oficina, o ganha pão…

 

Poseidon

(Poseidon é o irmão mais velho de Zeus e é o deus do oceano. Mora no fundo do mar com sua esposa Anfitrite e usa um tridente como arma, capaz de causar terremotos e tsunamis. Os gregos e outros povos, quando iam viajar, pediam a bênção de Poseidon para que não enfrentassem perigos no oceano.)

 

Franklin, Gert, Harvey, Irma, Jose, Katia, Lee, Maria, Nate e Ophelia. São estes os nomes dos dez furacões que em Setembro e Outubro de 2017 se formaram no Atlântico e, em conjunto, causaram mais de cem mortos, principalmente nos Estados Unidos da América e na América Central.

As justificações não são simples uma vez que as temperaturas mais altas no nosso Atlântico encerram várias causas e ao que parece não se pode dizer que sejam a causa directa de qualquer uma destas tempestades.

O aquecimento global, que o Presidente Donald Trump inicialmente afirmava tratar-se de um mito, um conceito criado pelos chineses para afectar a competitividade norte-americana e que agora ainda insiste que se trata de um fenómeno natural é outro fator a ter em conta. A verdade é que estes fenómenos já são mais ou menos habituais nessa época do ano. Mas mesmo não tendo sido uma situação sem precedentes a verdade é que há mais de um século que não acontecia. A repetição desnorteante destes desastres naturais transformou-se numa sequência record de acontevimentos. No mínimo é alarmante

Seja pelos estragos imensos causados, seja pelo rastro de morte e destruição que geram. os danos foram devastadores.

 

Ares

(Ares é filho de Zeus e Hera e é o deus da guerra. Brutal e violenta, Ares tem prazer em observar a dor e sofrimento humano e pode matar um mortal apenas com o seu grito. Os humanos que ficam próximos a Ares sentem, repentinamente, um ódio e raiva contra tudo e todos.)

 

Paris, Nice, Bruxelas, Berlim, Estocolmo, Londres. Cidades abaladas por actos terroristas no último ano. Bombas, tiroteios, esfaqueamentos, camiões a irromper por avenidas repletas de gente. O terrorismo nas ruas europeias deixou de ser fora do comum. Os ataques terroristas ocorridos nos últimos anos mataram centenas de pessoas. Entre eles destacam-se o atentado em Paris, que causou 130 mortos, o atentado na Belgica, 34 mortos, o atentado contra o jornal satírico “Charlie Hebdo” 12 mortos e o atentado em Berlim, 12 mortos. Estes sucessivos atentados ocorrem depois de uma série de ataques atribuídos aos movimentos islamitas na Europa desde as explosões em Madrid, em 2004.O 11 de Março de 2004 fica na memória dos europeus como o ataque que mais mortos fez no século XXI. Os ataques coordenados em três estações de transportes madrilenas mataram 191 pessoas e feriram duas mil. Um ano depois, em Londres, um conjunto de explosões no sistema de transportes da capital do Reino Unido, reivindicadas por extremistas islâmicos, provocou 56 mortes. Em Novembro do mesmo ano, novo ataque reivindicado pelo Estado Islâmico mata 137 pessoas na sala de espectáculos Bataclan.

O país com mais atentados terroristas na Europa Ocidental foi o Reino Unido. Seguem-se Espanha, Itália, França e, por fim, Alemanha.

O coordenador europeu na luta contra o terrorismo, diz não haver passividade das autoridades, já que são desintegradas células, destruídos planos dos terroristas e pessoas detidas, mas o recrutamento de novos seguidores cresce de uma forma nunca vista. A onda de atentados na Europa mostra a capacidade de comunicação do Estado Islâmico. A leveza com que os extremistas islâmicos ceifam vidas é chocante...

 

 

Bombeiro.jpg

 

Assim foi... 2017 ainda não tinha terminado e já se vestia de um luto demasiado pesado. Um ano pintado a carvão.

Um ano em que fora aberta a caixa de pandora e todos os males do mundo foram libertados e o que nos resta é de facto a esperança. A esperança de que dezenas de pessoas recuperem de todo o flagelo que as atingiu. A esperança de que todas estas tragédias não caiam no esquecimento e nos façam tomar medidas. A esperança que nós, humanos, entendamos que estas calamidades ocultam, algumas até em última instância, a mão humana. Intencionalmente ou não, todas estas tragédias têm na sua origem nós, nós que falhamos tragicamente com a natureza, nós que falhamos tragicamente enquanto pessoas… seja por ideais extremistas, seja por desconsideração ou simplesmente por pura ignorância…Nós, que apesar do pânico e do medo, que supostamente gera comportamentos mais irracionais e egoístas, consigamos continuar a encontrar heróis anónimos que ajudam o próximo sem esperar qualquer tipo de recompensa…. Que nestas situações extremas e tão adversas, continuemos a emergir comportamentos de cooperação e solidariedade. Altruístas. Inúmeras pessoas, que mesmo quando perdem bens, família, empregos, continuem a colaborar incansavelmente com as equipas de ajuda.

Que todas estas situações trágicas, mesmo que não possam ser travadas, possam continuar a mostrar que também há o outro lado, o do ser humano capaz do cuidado recíproco e do amparo ao próximo. Que as correntes de solidariedade e de apoio continuem a multiplicar-se, e a ultrapassar fronteiras, despertando um forte sentimento de identidade colectiva…

15.Jan.18

A vida num momento...

Abrira a janela e puxara de um cigarro. Vício esse que não fazia o mínimo de esforço para largar….a noite estava igual a tantas outras. Fria, escura, vazia.

Sofia contemplara tudo à sua volta na expectativa de encontrar algo diferente… a rua estava apenas mais desgastada pelo passar dos anos e as árvores despidas pelo vazio do Outono. Apenas o vento frio lhe cortava o rosto e as mãos.

Miguel, tinha vindo de Oeiras, exausto, como habitualmente…Chegara e atirara-se para o sofá. 3 anos mais velho que Sofia, vivia em Oeiras, ainda com pais e sem grandes pretensões de mudar fosse o que fosse. As únicas casas que alguma vez fora ver, para alugar ou comprar, eram na mesma praceta em que os pais viviam. Sofia lamentava-se constantemente deste seu comportamento que muitas vezes roçava o Peter Pan. Este menino homem que se recusava a deixar de ser filho. Que adorava brincar com os miúdos e era loucamente apaixonado pelas sobrinhas, mas que dizia veemente que nunca iria ser pai. As responsabilidades ficavam-se apenas pelo trabalho. De resto vivia a vida quase de improviso, sem grandes compromissos ou responsabilidades. Durante os primeiros anos de relação Sofia acreditara que era uma questão de idade. A seu tempo Miguel iria crescer. Mas 7 anos depois estava cansada. Cansada das constantes decepções, cansada das desculpas fúteis, dos monólogos intermináveis que fazia. Cansada de ser mãe do filho que ele não lhe queria dar.

Sofia olhava agora para um futuro sem objectivos, sem projectos, sem paixões. E essa parte era assustadora. Essa falta de paixão sufocava-a. Estava certa que mais do que a solidão, mais do que a falta de perspectiva de futuro, era essa falta de paixão que mais temia. Era agora urgente definir esta relação, este namoro que cada vez mais se assemelhava a um castelo de areia, construído à beira mar.

Fora ter com Miguel à sala e dissera-lhe que tinham que conversar. De olhos semicerrados disse-lhe que era tarde para conversas, que poderiam fazê-lo no fim-de-semana quando ele viesse. E apesar de Sofia insistir, Miguel apenas grunhiu e aconchegou-se no sofá…

No dia seguinte, depois de mais uma noite em claro, chegara ao escritório pouco antes das 8h, como era hábito. O seu mau humor matinal, que agora se acentuava, assim o obrigava. Tinha que chegar sempre antes de todos, organizar as minhas pilhas de papéis, beber o café e ter alguns minutos do dia em silêncio. Estava numa fase em que achava que todos exigiam muito mais do que aquilo que poderia dar, o que lhe causava um desgaste enorme, agora patente até no seu mau estar físico.

Por vezes sentia-se como uma dona de casa enlouquecida, que limpa o que está limpo. Mudava as pastas de sítio, tirava papéis de um cesto e punha noutro, e apenas efectivava algumas das coisas mais urgentes e que não podia mesmo deixar de fazer.

Olhou várias vezes para telemóvel e pensou que talvez fosse o acto de maior covardia que iria ter. Não fazia parte da sua forma de estar resolver questões por mensagem, mas estava demasiado magoada para esperar mais um dia que fosse, sabendo ainda, de antemão, que Miguel iria chegar sábado depois do almoço como se nada se passasse.

“Desisto…vou deixar-te ir. Não quero permanecer nesta relação…tentei explicar-lhe, julgo que vezes demais até. Nunca quiseste ouvir-me e agora percebi que nada mais tenho a dizer, a não ser adeus…”

Terminar uma relação de 7 anos por mensagem tinha sido muita imaturidade junta, mas tendo em conta que Miguel tinha sido amiúde, um adolescente com comportamentos inadequados, e a julgar pela resposta – “Tu é que sabes…” não teria sido assim tão má opção.

Nesse mesmo dia telefonara a Carolina e convidara-a para jantar. Apesar de triste e desiludida, invadia-a uma sensação de alívio. Jantar com ela era uma boa opção, até porque Carolina era muito sensata e muito bem-disposta.

Carolina, como qualquer amiga solteira, insistia com Sofia para sair mais, dizia-lhe imensas vezes que era jovem de mais para levar a vida de casa-trabalho-casa que tinha. E nessa noite não foi excepção e nem lhe deu escolha. “Pelo menos um café!!”. Quase arrastada, Sofia acabou por ceder, afinal à sua espera estava apenas uma casa vazia…Carolina conhecia meio mundo e quase à força, apresentara-lhe os seus amigos, sempre acompanhada de uma breve resenha sobre cada um deles. Quando lhe apresentou César, o riso foi conjunto…Carolina olhava um e outro com um ar meio perdido…César tinha sido colega de Sofia na faculdade. Sofia estava corada…nunca entendera muito bem porquê mas César intimidava-a, ao mesmo tempo que a fascinava. Alto, muito moreno, com uns olhos verdes lindíssimos. A idade não passara por ele… Acompanhada de algumas caipirinhas, a conversa fluiu…e a noite também…Carolina deixara-os sozinhos e César não hesitou a convidá-la para saírem dali também…

Seguira-o com o coração em sobressalto, sabia exactamente o que iria acontecer, sentira-o no seu olhar, mas o aperto no peito era enorme. Assolavam-lhe dúvidas e sentia que estava a trair o Miguel…além disso sabia bem quem era César e era tudo o que não queria num homem, mas naquele momento não queria pensar em nada. Cansada de ser ponderada e recta em todos os seus actos, decidira que arrependimento ficaria para mais tarde. E ficou…

Entraram naquilo que lhe parecia um parque de um hotel…mas os seus olhos estavam tão vidrados no carro dele que nem se apercebera que percurso fizera. Não o perdera de vista nem um segundo. Estacionara o carro ao lado do dele. Por momentos gelou. Ficou imóvel. César abrira a porta e colocando as mãos no seu rosto beijara-a, de forma tão apaixonada e sequiosa que soubera imediatamente que não voltaria atrás. Era como se os seus corpos se conhecessem melhor do que alguma vez eles se iriam conhecer...

Sofia fechara os olhos e enroscara-se nos seus braços. Percorrera o seu corpo com os dedos, como se o desenhasse. Soubera naquele instante que não voltaria a vê-lo.

Fizera a viagem de regresso com a cabeça a fervilhar. Quando olhara para o telemóvel tinha várias mensagens…nenhuma do Miguel, apenas da Carolina que ficara preocupada…

Os dias foram correndo e César demonstrava-se cada vez obsessivo e controlador. Os telefonemas e as mensagens eram uma constante…felizmente não chegara a dizer-lhe ao certo onde vivia, caso contrário correria agora o risco de lhe aparecer à porta. Sofia já tinha sido bem clara que o que acontecera não se voltaria a repetir. Não queria qualquer tipo de relação naquele momento. Precisava de acertar ideias, “alinhar os chakras” como dizia a sua amiga Ana, não havendo espaço para relacionamentos. Pensava inúmeras vezes, malditas caipirinhas!! Como se o desvaneio dessa noite fosse apenas álcool…

Numa manhã de sábado o desespero tomara conta de Sofia. Nas mãos o resultado de um exame… um acto de loucura e uma noite de exageros resultaram numa gravidez há muito desejada… O sonho de uma vida, o seu mais profundo desejo, chegava agora sem pré-aviso, da forma mais inesperada possível e no pior momento. Ficara sem chão…era um presente envenenado…E toda a sua vida se resumia àquele momento...

10.Jan.18

Futebol...again

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10 de Outubro de 2017, Lisboa, Estádio da Luz - Portugal vs Suíça.

Era o jogo do tudo ou nada para a seleção lusa. Só a vitória nos asseguraria a qualificação directa para o Mundial da Rússia de 2018. Um auto-golo e uma jogada de equipa finalizada por André Silva garantiam o sucesso da Seleção das Quinas, levando a nação ao rubro.  Um doce presente de aniversário para Fernando Santos que perfazia 63 anos. No final, o hino nacional volta a ser entoado no Estádio da Luz, num emocionante momento de comunhão entre adeptos e jogadores. No mínimo arrepiante.

 

O Futebol é isto. É emoção desmedida. É paixão arrebatadora. E é parte integrante da sociedade. Movimenta massas. Como o desporto mundial mais popular, o Futebol é também aquele que mais mexe com a emoção do colectivo. É efectivamente um elemento de comunhão. Há no ser humano, desde os primórdios dos tempos, uma imensa necessidade de pertença a um colectivo, necessidade essa à qual o Futebol dá resposta. Mas tal como essa necessidade também desperta sentimentos primitivos, quase trogloditas, e o instinto fala mais alto. O comportamento equilibrado perde-se. Os gritos, os insultos, a linguagem escabrosa, as superstições, os rituais, surgem numa quase manifestação tribal, que escapa à racionalidade e funda-se uma nova Religião. Na verdade, o Futebol leva o mais céptico e ateu do ser humano a cumprir rituais e a assumir superstições. É aquela camisola que tem que ser usada, o cachecol que o acompanhou em todos os jogos, o local onde se assistiu às vitórias. O Futebol tem qualquer coisa de mágico.

 

Sempre fez parte da minha vida, embora em algumas fases o encarasse de cara trancada. Hoje é difícil ficar indiferente, não só pelo excesso de jogos que passam nas telas lá de casa, mas também por tudo aquilo que representa. Durante o Verão passado, com todos os incêndios e maleitas que assolaram o nosso país, os milhões envolvidos no mercado de transferências, faziam capas de jornal a par dos incêndios...Há que admitir, é insustentável o que este mundo futebolístico, tão à parte da nossa realidade,  movimenta. Fala-se frequentemente que não pode continuar, que não se sabe onde irá parar, mas a verdade é que se ultrapassam tectos e patamares inigualáveis todas as épocas. Com jogadores hiperflacionados e os clubes de cabeça perdida acabaram por se disparar alarmes até na UEFA, pondo em causa as regras de fair play financeiro. Diz-se que irão ser implementadas medidas de forma a reduzir esta loucura colectiva, principalmente em alguns clubes da Premier League (em Inglaterra). Mas o lado negro do Futebol não se fica por aqui e hoje vemos, longe dos relvados, uma tensão crescente em torno de dirigentes e responsáveis que de forma infesta, usurpa o que de mais legítimo tem o Futebol.

 

Felizmente também existe o reverso da medalha. O espírito de solidariedade vai muito para além do meio desportivo. Seja impulsionado por directores de imagem, seja por vontade própria, a verdade é que são cada vez mais os jogadores que manifestam apoios e ajudas a diferentes causas. São muitos os casos de apoios humanitários, sociais e financeiros. Mais uma vez o lado humano sobressai. Basta fazer uma pesquisa internet fora, e encontramos inúmeras situações, por vezes apenas de consolo emocional. Dentro e fora do próprio meio. Casos como o de Bradley Lowery, o menino que comoveu o futebol inglês e se tornou o símbolo do seu clube de coração. Os diversos apoios que o Cristiano Ronaldo tem feito, tornando-o no jogador mais solidário do mundo. E agora o caso de Astori, em que a renovação apenas apalavrada se irá manter e será entregue à família. Gestos que ficam.
Como motor da nossa sociedade o Futebol não pode ficar indiferente. A sua enorme influência é fundamental enquanto fio condutor para o desenvolvimento da solidariedade e responsabilidade social. As campanhas contra a corrupção, o racismo e muitas outras questões, têm um impacto muito maior e positivo na sociedade, quando apresentadas através dos rostos facilmente reconhecidos deste desporto que ultrapassa fronteiras…