Estou-te grata. Sou-te grata. Começaste por me roubar o medo. Esse medo imenso. Esse fio condutor que me inflamava por dentro. E só por isso estou mais leve…se às vezes ainda espreito por cima do ombro? Sim, é verdade, mas não tremo. Se uma ou outra noite se prolonga? Também…Mas já suporto a escuridão. Se o coração me salta do peito? Mais do que me deveria permitir, mas aprendi a domá-lo. E tudo porque me levaste o medo. E por isso sou-te grata. Mas foste imprudente. (...)
Dizem que há coisas que nos chegam depois dos 40. Nas redes sociais surgem inúmeras imagens com piadas e até blogs específicos a lembrar-nos disso. Não sei se as minhas noites longas serão dos 40, ou se mais uma vez é a minha alma agitada a pregar-me partidas… A verdade é que o sono não chega e eu faço quebra-cabeças mentais, junto palavras, gestos, tento entender olhares, perceber momentos. E por entre puzzles inacabados por falta de peças, o sono não chega. E o (...)